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Caderno de Amélia de Valois Gouge

Caderno de Amélia de Valois Gouge

08
Mai25

Natureza

Por vezes, quando levo o lixo aos contentores do fundo da rua, a seguir ao jantar, sou levada pelo início da noite até ao mar. No Norte, as noites são mais agradáveis do que os dias quando o vento nos visita. Durante a noite, o vento adormece cansado certamente, sob os carros estacionados pelas ruas ou recolhido nas sarjetas.

Quase a chegar à praia, a caminho pelos passadiços, agora ornamentados pelas coloridas fores das plantas fruto das dunas, agradeço numa oração que me nasce naquele momento, vinda diretamente do coração. Agradeço a sensibilidade da natureza, a sua grandeza que se manifesta subtilmente, o pôr do sol sobre o mar, o primeiro azul do céu que se vê de manhã, o esvoaçar de pássaros, uma árvore que permanece firme em frente à nossa janela. Sempre que consigo tocar nesta fina sensibilidade da natureza, percebo o que se vem aqui fazer assim que nascemos: vimos agradecer à vida.

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Amélia de Valois Gouge é um heterónimo da escritora Ana Gil Campos.